Somos movidos por estímulos, e graças aos nossos sentidos conseguimos ver, ouvir, sentir cheiros, experienciar as notas gustativas em nosso paladar e ter sensações com o tato. O nosso sistema sensorial é formado por 5 sentidos principais, e os mesmos possibilitam que o ser humano tenha experiências diversificadas ao usá-los.
Provavelmente, você já teve alguma lembrança ao sentir um cheiro que aparentemente era conhecido, ouvir uma música e viajar nos pensamentos, experimentar uma comida que lhe levava a momentos nostálgicos da infância ou de um momento importante, assim como ver e encostar em algo pode remeter há uma lembrança. Usamos a todo o momento o nosso sistema sensorial.
E é aí que está a grande sacada do marketing sensorial, não precisamos ser gênios para entender que as pessoas estão saturadas com tanta informação, hoje tudo é muito mais fácil e acessível, entretanto, quando envolve propaganda e publicidade o consumidor já olha com olhos negativos.
Isso acontece porque tem muita informação “inútil”, e as empresas utilizam de estratégias invasivas para vender e por conta disso está ficando cada vez mais difícil atrair o consumidor. Tendo em vista esse fator, para nós a primeira regra é: as pessoas não querem mais comprar algo e ter apenas aquele produto ou serviço em troca, elas querem ter uma experiência por trás, ganhar algo a mais, que venha agregar na sua vida.
E para isso acontecer, as marcas precisam sair das suas caixinhas de que tudo se baseia na “venda e troca” e pensar no consumidor, entender o que o seu público deseja. Por isso, é essencial ter um planejamento de marketing e neste caso, iremos explorar o marketing sensorial para o segmento de suplementos alimentares.
Ants de iniciar nas estratégias em específico, é necessário explanar o que é de fato o marketing sensorial, para posteriormente verificar sua aplicação.
Marketing Sensorial é a utilização de componentes sensoriais para potencializar a mensagem de uma empresa, torná-la relevante, e assim, transmitir uma experiência diferenciada para os seus consumidores.
O conceito mais usual de Marketing Sensorial foi escrito por Martin Lindstrom em seu livro Brand Sense que descreve que devemos quebrar uma marca e verificar quais dos componentes sensoriais podem ser usados para transmitir um diferencial competitivo para uma empresa, sempre com foco em seus consumidores. É a ideia de questionar as abordagens tradicionais, que normalmente são bidimensionais, ou seja, usam apenas de dois sentidos em suas estratégias de Marketing, o componente visual e auditivo, como notamos nas propagandas.
Em virtude deste processo, uma das formas de auxiliar estes consumidores no ambiente de compra, e para isso, temos as descobertas do Neuromarketing que pode nos ajudar a criar melhores experiências e consequentemente, ser visto como uma marca que gera valor ao cliente, ou como costumamos chamar “marcas fortes”, que são as primeiras a vir na cabeça do consumidor na hora de comprar um produto ou serviço.
É fato que todos queremos ser uma marca forte, e estar como número um na lista de escolha do consumidor. Para lhe ajudar, pensamos em algumas estratégias de marketing sensorial para suplementos alimentares. Utilizamos os 5 sentidos para se diferenciar perante o mercado.
O primeiro deles é o componente visual: as empresas podem utilizar de imagens para tornar sua oferta tangível em termos de percepção, como por exemplo, uma embalagem atrativa, a qual invista em cores, texturas, tipografia, formatos, entre outros elementos, que chamem atenção na gôndola pelos seus componentes visuais.
Componente auditivo: aqui entra uma das etapas de branding, que é o Sound Branding, pensar em uma trilha sonora que faça sentido para o consumidor (compartilhar no Spotify), também podendo usar podcast com informações. Se tiver uma loja física pode ser utilizado uma trilha sonora que tenha a ver com o DNA da sua marca para promover as boas sensações ao cliente dentro da loja.
Componente tátil: estudos em Neuromarketing evidenciam que quando tocamos um produto temos o sentimento de posse (previsibilidade dos fenômenos). Aqui entram embalagens com texturas, caixas que usem relevos, sejam sustentáveis, promovam boas experiências apenas ao tocar o produto.
Componente gustativo: como o uso do paladar para identificar se um alimento é prazeroso ou se pode significar uma ameaça, pode ser potencializado por meio de amostras grátis para que os clientes possam saborear o produto antes de sua utilização. Além de investir no sensorial (sabor) do solúvel, chá, entre outros produtos naturais.
Componente olfativo: identificar pelo cheiro do produto e, literalmente, ligar a nossa atenção para a oferta de um produto, cheirinho de chá, solúvel que seja atrativo ao nosso olfato. Remeter a lembranças nostálgicas, como o cheirinho do chá que a nossa avó fazia.
Estes são alguns exemplos usuais para criar produtos com marketing sensorial, além destes a sua marca tem inúmeras estratégias tanto online quanto fisicamente para promover boas sensações. O importante é entender quem é o seu público, qual dos componentes sensoriais você pode usar para conquistar ainda mais e fidelizar o seu cliente.
Use e abuse dessas dicas e lembre que o cliente quer muito mais do que um produto, ele quer viver uma experiência!